“Ler é o remédio”. Este é o nome do projeto criado há cerca de um ano
no Hospital Estadual Alberto Torres (HEAT), em São Gonçalo, que
distribui livros para pacientes internados na unidade. O objetivo é
oferecer uma opção de entretenimento para as pessoas internadas e foi
viabilizada por meio de uma parceria com uma universidade privada, que
doa os livros ao HEAT – já foram doados mais de 3.500 livros. Uma
funcionária percorre o hospital oferecendo os livros, que também estão à
disposição dos familiares que acompanham os pacientes e dos
funcionários, que podem aproveitar o horário de intervalo para ler.
Além deste projeto, o HEAT também conta com uma brinquedoteca, lugar
criado especialmente para as crianças que conta com brinquedos,
computador com internet, TV, DVD, karaokê, além do espaço para livros.
- Percebemos que estimular a leitura cria um ambiente mais tranquilo,
diminui a ansiedade dos pacientes e familiares que, em alguns casos,
precisam passar dias internados, e ajuda passar o tempo. Além disso, é
uma forma de estimular o hábito da leitura, que é sempre saudável. Já a
brinquedoteca oferece um ambiente mais próximo do cotidiano das crianças
– explica do diretor do Hospital Estadual Alberto Torres, Charbel
Khouri Duarte.
Não há regras para que os pacientes recebam os livros – eles podem
escolher o assunto de seu interesse e, caso não tenham terminado a
leitura quando recebem alta, podem, inclusive, levar o livro para casa.
Foi pesquisando os livros na brinquedoteca que Estevan Luis da
Conceição, de 12 anos, conheceu o personagem Cebolinha, da Turma da
Mônica, e gostou das histórias em quadrinhos que leu.
– Gostei de ler as histórias do Cebolinha, mas também gosto dos jogos
do computador. Passo a maior parte do tempo na brinquedoteca porque
aqui é divertido e já fiz dois amigos - conta o menino.
A pequena Marcela Martins Cuesto, de 1 ano e 9 meses, escolheu o escorregador de plástico para brincar com o pai, Cesar Cuesto.
- Ter um espaço no hospital para as crianças se distraírem ajuda a
manter minha filha mais calma enquanto se recupera e aguarda a alta
médica – acredita Cesar.